As corujas buraqueiras e seus ninhos na praia em Itanhaém

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O casal de corujas cuida de quatro filhotes e já são uma atração turística, na praia do Centro

O casal de corujas buraqueiras, da espécie Athene cunicularia, possui dois ninhos no local, que ganhou, este ano, uma tela de proteção para proteger as aves / Nair Bueno / Diário do Litoral

Há cerca de dois anos, turistas e moradores que visitam a orla da praia, no centro de Itanhaém, podem ter uma grata surpresa – dois ninhos de corujas buraqueiras com quatro filhotes, na orla do Praião, como é conhecida no município.

O secretário de Meio Ambiente e Planejamento, Cesar Ferreira, explica que a prefeitura firmou um contrato com o Gremar para a reabilitação de animais silvestres.

“Contamos também com a parceria da Polícia Ambiental e da Guarda Civil Municipal para que todos os animais que forem atropelados ou atacados por cães, sejam resgatados e levados ao instituto”, completa.

A veterinária Jessica Paulino, do Gremar, explica que os ninhos foram cercados com telas de proteção para realizar a proteção, tanto de crianças e adultos como de cães soltos.

A moradora Mariney Pinto, que mora no bairro Savoy, afirma que é uma felicidade poder contemplar essas aves na orla da praia. “Sempre venho ver o ninho das corujas com o meu neto, que adora os animais. Tem crianças que nunca viram uma coruja”, salienta.  

No ano passado, o mesmo casal de corujas estava com cinco filhotes, que acabaram crescendo e indo embora. Este ano são quatro filhotes. Eles ficam cerca de quatro meses e, após esse período, vão embora para outros locais, segundo a veterinária. 

“As corujas buraqueiras são de tamanho pequeno, de cor marrom, possuem a cabeça redonda, as sobrancelhas brancas, os olhos amarelos e as pernas longas. Quem tem a função de proteger é o pai. Às vezes, chegam outras corujas e elas expulsam. Instalamos alguns troncos de árvore para elas ficarem no alto”, destaca.

Jessica lembra ainda que as pessoas devem seguir algumas recomendações, como apreciar à distância de três metros, podem tirar fotos sem flash e usar o zoom. Manter o cão na guia e sem chegar perto, além de evitar dar alimentos às corujas. 

As corujas se alimentam de insetos e também de pequenos roedores, o que controla as pragas naturais nas proximidades. 

A veterinária diz que os voluntários do Gremar estão atentos ao movimento do público para garantir a segurança das aves. 

MAPEAMENTO.


O secretário de Meio Ambiente afirma que a secretaria está realizando um mapeamento para saber o número de ninhos de corujas em todas as praias do município.  

“O objetivo, após o levantamento, é buscar recursos para investir no serviço e colocar as cercas de proteção dos ninhos”. Diz ainda que na praia do Suarão, os próprios moradores fazem esse trabalho de proteção em ninhos de corujas.

“O contrato com o Gremar é importante, já que Itanhaém é a maior cidade da região em extensão territorial, além de ter 80% de sua área como mata atlântica”, frisa.

A base do instituto, em Itanhaém, conta, hoje, com mais de 80 saruês e filhotes, além de rolinhas, bem-te-vis, corujas, entre outros animais silvestres.       

Nos últimos dias, o local recebeu um Urutau, mais conhecido como “mãe da lua”, que tem hábitos noturnos e foi achado caído na rua. Além de filhotes de gambás que também estão em recuperação. 

A instituição realiza o tratamento dos animais silvestres. Após a reabilitação, eles são devolvidos à natureza. 
Quem souber de práticas e maus tratos contra as corujas ou outros animais silvestres pode denunciar no portal da secretaria de Meio Ambiente da prefeitura ou na Polícia Ambiental e na Guarda Municipal.    

A base do Gremar fica na avenida Presidente Vargas, 611, no centro de Itanhaém, em frente aos ninhos das corujas buraqueiras.
 

Fonte: Diário do Litoral

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